CONCEITUAÇÃO SIMPLIFICADA

Olá Bereanos, neste post vamos exploraremos as raízes da ignorância e da má interpretação, abordando como a simplificação excessiva de conceitos pode ser prejudicial.

A simplificação de conceitos infelizmente contribui para a ignorância à fatos que não ficam evidentes. Veja só um exemplo:

(Eclesiastes 7:3) A tristeza é melhor do que o riso, porque o rosto triste melhora o coração.

(Provérbios 14:13) Até no riso tem dor o coração, e o fim da alegria é tristeza.

O sorriso ou expressão facial alegre nem sempre reflete necessariamente um estado de felicidade. No entanto, o ato de chorar pode proporcionar uma melhora genuína no nosso bem-estar emocional, pois permite a liberação e expressão dos sentimentos negativos, o que contribui para um alívio emocional. A psicologia confirma isso, e esse texto está muito relacionado a psicologia. Existem risadas de dor, de medo, e até de tristeza. Dizem que as pessoas que riem são as mais tristes. Então nem sempre uma risada quer dizer felicidade.

 O cerne da mensagem é que expressar nossas emoções pode beneficiar o bem-estar emocional. Isso também explica porque alguns sentem apreço por músicas de teor triste ou pesado, pois sentem que isso alivia ou descarrega o peso emocional que sentem.

A simplificação de conceitos por meio do uso de palavras pode ser uma estratégia útil; no entanto, quando aplicada a indivíduos sem o conhecimento prévio adequado, pode levar a interpretações equivocadas dos significados. Para bons entendedores, meia palavra basta, mas nem sempre isso é possível porque meias palavras podem se tornar meios entendimentos quando não se tem um conhecimento prévio que o ajude a entender tal meia palavra. O nosso cérebro simplifica as coisas para não ter que ficarmos explicando tudo minuciosamente, só que isso muitas vezes é perigoso. Temos uma coerência melhor ao ser objetivos depois de aprofundarmos em um assunto.

A verdade objetiva é usada adjetivamente no sentido de ser livre de interesses, de gostos, de preconceitos; imparcial, isento. Não é algo que se acha, mas é algo que é independente de opinião, essa é a verdade verdadeira, foi isso que eu quis dizer. A opinião se encaixa quando não sabemos, aí se torna subjetivo, porque é de cada um, como não sabemos “chutamos” por assim dizer.

Por vezes alguns conceitos estão corretos, mas às vezes parecem não fazer sentido, porque nos falta profundidade. Por vezes se adultera os termos, ou simplifica tanto que o termo é adulterado e passa a ter outro significado. É como os termos igreja e religião. Tais termos não possuem o significado original hoje em dia. Hoje a igreja é o local, e a religião é a denominação, ou o nome, sendo as duas praticamente sinônimos e sendo usadas uma com o significado da outra, quando na verdade a igreja é o povo reunido e a religião é a adoração – a pratica, o seu pessoal com Deus.

Nós devemos ponderar as questões, o problema da objetividade é não se aprofundar nas questões para entender o porquê de ser objetivo. Quando algo é claro, é objetivo. Quando não é, entra a subjetividade e nossa sinceridade de fazer o que achamos certo de acordo com nossas consciências e princípios bíblicos. A subjetividade entra, mas não se trata de uma verdade subjetiva, mas de uma opinião e nem sempre nossa opinião é de fato a verdade. Precisamos e devemos ter união na convicção, se tudo é certo e errado ao mesmo tempo não há luz, mas somente trevas. Ou há somente luz sem trevas, e isso não é verdade. Jesus disse:

(Mateus 6:23) Mas, se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo estará cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, quão grandes trevas são!

Essa passagem está inserida no contexto em que Jesus está ensinando sobre a importância de uma visão espiritual clara e íntegra. Esse versículo destaca a importância de nossa perspectiva espiritual e moral, pois afeta todo o nosso ser. Ele utiliza a metáfora dos “olhos” para se referir à percepção espiritual e moral das pessoas. “Olhos bons” simbolizam uma visão clara, focada na luz divina e na retidão. Por outro lado, “olhos maus” representam uma visão distorcida, que não percebe corretamente o que é verdadeiro e justo aos olhos de Deus. Jesus está alertando seus seguidores para que cultivem uma percepção espiritual correta, pois se a visão espiritual de alguém estiver distorcida (se a luz que nele há são trevas), então essa escuridão é profunda. Ele está incentivando a pureza de intenção e a retidão moral como fundamentos para uma vida espiritualmente iluminada e íntegra.

Jesus também disse: deixe que seu sim signifique sim e o seu não, não, tudo o que for além disso é do maligno, então aqui, nós vemos uma lógica booleana, Jesus está falando de coerência, não teremos coerência quando afirmamos que um conceito é verdadeiro e falso ao mesmo tempo, se não temos convicção nem cumprimos o que falamos. Cristo trabalha com verdade e fatos, não com achismos. A lógica booleana é a lógica básica de coerência para nossas ações, não podemos fugir dessa lógica para apoiar o que nós achamos como se o que achamos fosse mais importante do que realmente é.

Mateus 15:14 fala de guias cegos, guiam os outros mas não entendem o que estão ensinando. Claro que tem coisas que realmente não sabemos e não é por isso que vamos jogar alguém no buraco. Se assumirmos que não sabemos de nada, ou que tudo está certo e errado, como seremos luz? O conceito de luz e trevas vem justamente do certo e errado, luz e escuridão.

Agora devemos usar a nossa subjetividade com coerência, não podemos simplesmente por exemplo dizer que Jesus é o meu dedão do pé, tem opiniões que não convencem. E se discordamos, temos que explicar o porquê, se não explicar poderá ser inferido que você quer saber mais que os outros, pois você não está ensinando o que sabe, porque se algo está errado deveria dizer o porquê. A pessoa que ensina está querendo igualar em conhecimento e não querer saber mais que os outros, agora quem discorda e não explica o porquê está supostamente está guardando conhecimento para si. Por isso que eu ensino, eu quero igualar todos em conhecimento e não querer saber mais que os outros. A pessoa que quer saber mais não compartilha seu conhecimento. Como na “verdade subjetiva” é você achar que o que se acha tem mais importância é praticamente o mesmo que acreditar ser o dono da verdade, porque se é subjetivo cada um tem o seu de forma dogmática, e isso é perigoso, porque se torna um convite para a arrogância. E é de fato um ato arrogante discordar sem ter a razão, sem mostrar o seu ponto. Distorcer a realidade para parecer maior, é querer sempre achar que está certo, quando não se está. Então se você mostrar para um arrogante que ele está errado ele não vai aceitar, mas vai querer ter razão mesmo sem te mostrar porque ele está certo.

Temos que aprofundar nos assuntos e descobrimos as verdades que nos levam a outras verdades até conseguimos ser objetivos de fato e em alguns casos não vamos conseguir ou vamos demorar mais tempo. Tem vários assuntos que a Bíblia não é clara, como a questão de diversão, dos aniversários, esportes, músicas, mas quando a Bíblia é clara nós escolhemos obedecê-la, e às vezes nós podemos presumir se algo é errado ou não através dos princípios.

Também devemos entender que a Bíblia é um livro que cabe várias interpretações, mas ao mesmo tempo não é uma obra de arte onde o leitor simplesmente passa a sua visão sem se importar com o que realmente é. É necessário entender o contexto de época em que foi escrito, fazer a exegese e ai fazemos a nossa interpretação com base nessas informações.

Existe o leigo e o ignorante. O leigo não sabe, mas está aberto para aprender e entender. O indivíduo ignorante não quer saber; é aquele que está fechado.

Não dependa que ninguém te dê razão quando você está com ela, ame a Deus e a verdade acima de tudo. Humildade não é ser fazer o errado só para não parecer arrogante, tem princípios que o pessoal aplica muito errado, para cada situação há um princípio que melhor se encaixa, não tem como aplicar humildade quando temos que fazer o certo, aí não é questão de humildade. Por isso eu digo que quando algo é certo é certo e deve ser feito, não dependa que ninguém te dê razão e não se importe com o que os outros pensam, porque o que sair fora é ignorância. Por causa da distorção de conceitos, ou a má compreensão de seus próprios sentimentos as pessoas acabam fazendo inferências ilógicas com respeito aos outros e a realidade.

É a mesma coisa você tem uma mulher e tem um homem espancando ela e outro diz “seja humilde, deixe sua mulher ser espancada”. Não é esse princípio de humildade que deve ser aplicado naquele momento, o momento infelizmente é de vencer o mal com o bem, se a coisa já saiu do controle, deve ser conter a agressão da forma que for necessária.

Às vezes falamos uma coisa, mas o povo entende outra, então é complicado, porque cada um entende um mundo de uma forma pessoal, com a bagagem que tem. Porém existe algo que transcende o que nós sabemos que é verdade independente do quanto não entendemos. Essa verdade é a verdade de Deus, pois ele criou e então ele sabe.

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