A Religião é o Ópio do povo? Essa declaração é verdadeira? Isso que iremos analisar neste post
Mas primeiramente, o que é ópio? O ópio é um suco espesso que pode ser extraído de várias espécies de papoulas soníferas, que pode servir de narcótico ou analgésico. Também pode ser usado como uma droga para amenizar os sintomas de tristeza, ansiedade e causa sensação de sono, em altas doses se torna um sedativo.
O Filosofo Karl Marx foi UM DOS que utilizaram essa expressão “A Religião é o ópio do povo”, mas outros ja haviam utilizado essa expressão no século XVIII (18).
Mas o que quer dizer essa expressão? Segundo Karl Marx, no artigo “Crítica da Filosofia do Direito de Hegel”, as pessoas procuram a religião por serem oprimidas na vida, a religião então passa a ser um lugar onde elas podem se refugiar por causa de seus problemas. Karl Marx compara a religião com o ópio, ou seja é como se as pessoas precisassem de uma droga para viver, chamada religião, porque a religião trás um efeito muitas vezes não consciente viciante, que gera um alívio dos problemas para suas vidas e torna as pessoas dependente dela.
Em partes ele está correto, muitos procuram a Deus por meio da religião porque sofrem e se sentem oprimidos e a religião é um dos meios que encontram para se sentirem acolhidos e consolados diante dos problemas da vida. Porém a religião não pode ser considerado um ópio para todos, mas para aqueles que se tornam dependentes dela.
Porém, precisamos separar o que chamamos de religião e o que chamamos de Deus, pois, depender de Deus não é como uma droga, mas significa ter humildade para reconhecer que precisamos dele em todos os momentos, e não apenas quando passamos por dificuldades e momentos ruins. Por isso não podemos colocar Deus como um ópio. O livro de Eclesiástes 12:1-7 diz que devemos nos lembrar de Deus desde jovem e antes que várias coisas aconteçam.
(Eclesiastes 12:1-7) Lembre-se, então, do seu Grandioso Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias de aflição e cheguem os anos em que você dirá: “Não tenho prazer neles”; 2 antes que o sol, a luz, a lua e as estrelas escureçam, e as nuvens retornem depois da chuva; 3 quando os guardas da casa ficam trêmulos, os homens fortes se curvam, as mulheres param de moer por se terem tornado poucas, e as damas que olham pelas janelas veem escuridão; 4 quando as portas que dão para a rua se fecham, quando o barulho do moinho fica baixo, quando a pessoa se levanta ao som de um pássaro, e todas as filhas do canto ficam fracas; 5 quando há medo de alturas e terrores na rua; quando a amendoeira floresce, o gafanhoto se arrasta e a alcaparra rebenta, porque o homem está caminhando para a sua morada permanente, e os lamentadores percorrem as ruas; 6 antes que o cordão de prata se rompa, a tigela de ouro seja esmagada, o jarro junto à fonte se quebre e a roldana da cisterna rebente. 7 Então o pó volta à terra, de onde veio, e o espírito volta ao verdadeiro Deus, que o deu.
A religião em si pode muito bem ser o ópio para pessoas com cargos de liderança dentro de igrejas, onde sentem que mandar nos outros lhe trás poder e bem estar, ou seja a sensação de poder e bem estar supre a sua carência por poder e bem estar, ou seja o tal do ópio.
Como o próprio Karl Marx disse, não é a religião que faz o povo, mas o povo que faz a religião. Eu prefiro colocar que, homens interpretam a bíblia e fazem a religião. Líderes religiosos que se auto-declaram inspirados por Deus tem por objetivo prender seus adéptos na religião tornando-os dominados – O que será o ópio desses líderes. A partir do momento que alguém convence outros que é inspirado por Deus, qualquer baboseira que se diga é acreditado como se fosse Deus falando, quando não passa de interpretações humanas.
O ópio dos adéptos é acreditar que Deus fala por meio de homens, buscar consolo em algo que se acreditado pode trazer alívio mas que na verdade os torna dependente da religião, ou melhor de homens.
Tanto os líderes religiosos, tanto seus adéptos estão inebriados com o ópio.
O que a bíblia diz? Nós lemos:
(Eclesiastes 8:9) Eu vi tudo isso, e me pus a refletir em todo o trabalho que se tem feito debaixo do sol enquanto homem domina homem para o seu prejuízo.
É exatamente isso que acontece em religiões onde pessoas precisam seguir homens que se autodeclaram inspirados, homem domina homem e as pessoas tem prejuizos. Também nós lemos em:
(1 Coríntios 3:21) Assim, que ninguém ponha seu orgulho nos homens; porque a vocês pertence tudo:
Não devemos nos orgulhar em homens, mas de Deus, devemos colocar os homens de posição de liderança no lugar deles, mas sempre considerá-los falhos e nunca que têm a verdade absoluta.
Devemos procurar a Deus sempre, e não encará-lo como mordomo, ou um objeto que usamos quando estamos em apuros. Precisamos manter um bom relacionamento com Deus com orações e obediência.
Referências
https://www.marxists.org/portugues/marx/1844/critica/introducao.htm
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