4 Tipos de FALÁCIAS e suas relações com a BÍBLIA, NÃO CAIA nelas!

Falácias são argumentos que têm a pretensão de ser corretos e conclusivos mas que, no entanto, possuem algum erro em sua estrutura ou seu conteúdo. Também podem ser chamadas sofismas, que são raciocínios elaborados maliciosamente a fim de enganar o interlocutor.

Ad hominem

Significa argumento contra o homem. Em vez de refutar um argumento, se tenta atacar o caráter ou traços pessoais de alguém. O resultado desejado é gerar dúvidas no argumento alegando que quem o usou não tem bom caráter ou supostamente não entende o que falou.

Por exemplo, se alguém ao tentar refutar um argumento diz: “Ah você é novo, por isso pensa assim, tem muito o que aprender”, a pessoa está tentando fraquejar o argumento por descredibilizar a pessoa. Já usaram Ad hominem contra Jesus, nós lemos em:

(Mateus 13:55-57) Não é este o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56 E não estão todas as suas irmãs conosco? Então, onde ele obteve tudo isso?” 57 Assim, começaram a tropeçar por causa dele. Mas Jesus lhes disse: “Um profeta não fica sem honra a não ser na sua própria terra e na sua própria casa.”

(João 10:20) Muitos deles diziam: “Ele tem demônio e está louco. Por que vocês o escutam?”

Então é importante refutar o argumento e não a pessoa. O Argumentum ad Hominem é uma falácia porque não é uma argumentação lógica mas, apela para questões psicológicas. Não afeta a verdade das conclusões mas sim sua confiança.

Ad populum

Ad populum significa “apelo ao público”, é quando se afirma que uma crença ou algo é correto porque a maior parte das pessoas concordam com aquilo, e isso torna aquilo correto.

Então por exemplo, vou dar só um exemplo ta eu não sei se é, se alguém diz: “a Igreja Católica é a religião verdadeira, porque possui o maior número de seguidores”, é um argumento ad populum, e a falha nesse argumento é que a popularidade da ideia não tem absolutamente nenhuma relação com a sua validade. E é a mesma coisa com crenças, alguém pode dizer que uma crença é verdadeira porque a maioria das pessoas acredita nela e isso é falso. Jesus disse algo totalmente ao contrário disso.

(Mateus 7:13, 14) “Entrem pelo portão estreito, porque largo é o portão e espaçosa é a estrada que conduz à destruição, e muitos entram por ele; 14 ao passo que estreito é o portão e apertada a estrada que conduz à vida, e poucos a acham.

Com base no texto Jesus disse que o caminho para a salvação é estreito e POUCAS pessoas entram por ele. Então o número de pessoas em uma religião, ou o fato de muitas pessoas acreditarem em algo não valida que aquilo seja verdadeiro pois Jesus falou que o caminho apertado é que conduz a vida e poucas pessoas a acham, então números altos nem sempre significam que é algo é verdadeiro, porque o certo é certo mesmo que ninguém esteja fazendo e o errado é errado mesmo que todos estejam fazendo.

Ad Verecundiam

Ad Verecundiam significa “apelo à autoridade”. Esse argumento consiste dizer que porque uma figura ou instituição de autoridade disse algo é porque aquilo é verdadeiro. Claro que autoridades de cada campo podem muito bem ter argumentos válidos, porém o fato de tal autoridade acreditar não válida o argumento como correto.

Por exemplo, se alguém diz: “A trindade é correta porque o papa disse que é”, isso é um apelo a autoridade, “ah porque o pastor tal falou que a serpente tinha pernas”, o fato de tal pastor ter falado isso não prova que a serpente tinha pernas. Vejamos outro exemplo disso na Bíblia:

(João 7:45-49) Os guardas voltaram então aos principais sacerdotes e aos fariseus, e estes lhes perguntaram: “Por que vocês não o trouxeram para cá?” 46 Os guardas responderam: “Nunca homem algum falou assim!”  47 Então os fariseus disseram: “Será que vocês também foram enganados? 48 Por acaso algum dos nossos líderes ou dos fariseus depositou fé nele? 49 Mas essa multidão, que não conhece a Lei, são pessoas amaldiçoadas.”

Ou seja, os fariseus achavam que se os próprios fariseus não tinha depositado fé em Jesus isso não era suficiente para validar Jesus como verdadeiro. Mas os guardas acreditaram em Jesus. Então o que faz um argumento está correto não é o fato de uma autoridade depositar fé e pregar aquilo, mas sim a veracidade juntamente com a validação do argumento, e às vezes para discernir isso é necessário ter um pouco de estudo.

Espantalho

Na falácia do espantalho se distorce um argumento para torná-lo mais fácil de refutar. Ao exagerar, desvirtuar ou simplesmente inventar um argumento de alguém, fica bem mais fácil apresentar a sua posição como razoável ou válida, pois estará refutando um argumento que não foi proposto, é como lutar contra um espantalho.

Por exemplo, imagine que uma primeira pessoa diga:

“Deveríamos pleitear a redução da idade mínima para consumo de bebidas alcoólicas para os 16 anos. Nessa idade, o corpo humano já está preparado para suportar os efeitos das bebidas alcoólicas.”

E uma segunda pessoa tenta refutar dizendo:

“Isso é uma loucura! Se começarmos a dar álcool para as crianças de forma indiscriminada a sociedade sofrerá com vários tipos de problemas.”

Como podemos entender, a segunda pessoa não respondeu o argumento colocado pela primeira pessoa. Pelo contrário, a segunda pessoa chamou as pessoas de 16 anos de crianças, e ainda alegou que isso é dar bebidas à crianças de forma indiscriminada, mas não foi esse o argumento proposto. Desse modo, ele evita ter que discutir com a outra pessoa no plano racional e lógico e passa a entender e atacar um argumento que não foi proposto. Isso também é feito por analfabetos funcionais que são pessoas que sabem ler e escrever mas não sabem interpretar o que está escrito. Vejamos um exemplo dessa falácia na Bíblia, nós lemos em:

(Gênesis 2:16, 17) Jeová Deus deu também esta ordem ao homem: “De toda árvore do jardim, você pode comer à vontade. 17 Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não coma dela, porque, no dia em que dela comer, você certamente morrerá.”

Aqui vemos a ordem de Deus para o homem “DE TODA ÁRVORE” pode comer à vontade, menos uma, a árvore do conhecimento. Esse foi o mandamento de Deus, até aqui tudo bem, mas quando vamos para Gênesis 3:1 nós lemos:

(Gênesis 3:1) A serpente era o mais cauteloso de todos os animais selvagens, que Jeová Deus havia feito. Assim, ela disse à mulher: “Foi isso mesmo que Deus disse, que vocês não devem comer de toda árvore do jardim?”

Aqui temos a falácia do espantalho da serpente para a mulher, quando a serpente diz “Foi isso mesmo que Deus disse, que vocês não devem comer de toda árvore do jardim”, ela está usando a falácia do espantalho porque o mandamento foi para comer de todas menos uma, e não que eles não deveriam comer de nenhuma árvore. A serpente usou a falácia do espantalho para tentar distorcer o mandamento de Deus para poder melhor refutar dizendo que eles poderiam comer de toda árvore, inclusive que da árvore que foi proibida.

Referências

https://www.seminariojmc.br/index.php/2018/01/16/24-falacias-logicas-de-argumentacao

https://www.infoescola.com/filosofia/falacia

https://criticanarede.com/falacias.html

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